Pode ainda ocorrer taquicardia e taquipneia, poliúria e polidipsia, diarreia, distensão abdominal.
A mucocele da vesícula biliar pode ser diagnosticada através de várias técnicas de imagem, como raios-X, ultrassom ou tomografia computadorizada, que podem revelar a vesícula biliar distendida e a presença de muco. Os exames de sangue também podem indicar anormalidades nas enzimas hepáticas e outros sinais de disfunção hepática.
Os exames de sangue mostram leucocitose, aumento das enzimas alanina aminotransferase (Alt) , fosfatase alcalina e gama glutaril transferase (GGT).
As paredes espessadas vão se distendendo e podem levar a um quadro de colecistite necrotizante com ruptura da vesícula biliar. Os animais que apresentam este quadro podem ter entre 3 e 10 anos de idade.
O tratamento dos sintomas agudos e graves geralmente envolve intervenção cirúrgica para remover a vesícula biliar afetada, pois representa um risco significativo de ruptura e subsequente peritonite (inflamação da cavidade abdominal). O diagnóstico imediato e a cirurgia são cruciais para um melhor prognóstico. Em alguns casos, cuidados de suporte, como fluidoterapia e controle da dor, podem ser necessários antes que a cirurgia possa ser realizada. Embora em casos graves seja a única opção, há risco de várias complicações pós-operatórias, sendo então o melhor caminho o diagnóstico precoce e tratamento terapêutico cuidadoso.
Nos casos com sintomas leves, é feito um protocolo terapêutico, encontrando e controlando as causas, diminuindo colesterol e triglicerídeos tratando o hiperadrenocorticismo ou hipotireoidismo, se forem diagnosticados, utilização do SAME, Silimarina, Acido ursodesoxicólico. Medicamentos para diminuir e dissolver os cálculos biliares, e antibióticos nas colecistites bacterianas. Deve ser feito um acompanhamento alimentar e nutricional, além de controle sistemático com exames de sangue e imagem.
No tratamento homeopático podem ser utilizados vários medicamentos com ação importante sobre a vesícula biliar e auxiliando a produção e armazenamento da bile, prevenindo e/ou tratando a inflamação. Podemos citar alguns: Berberis vulgaris, Lyopodium, Cholesterinum, Chellidoneum, Carduus marianus, Natrum sulphuricum, Chionanthes, Taraxacum, e outros, prescritos de acordo com a sintomatologia manifestada em cada caso.
A mucocele de vesícula biliar é uma doença que deve ter acompanhamento médico veterinário constante, assim como revisões e exames de acompanhamento, além de dieta adequada.
Literatura aconselhada
CORNEJO,L.; WEBSTER, C. R.L. Canine Gallbladder Mucoceles. Vet Folio. May 2019.
Disponível em: https://www.vetfolio.com/learn/article/canine-gallbladder-mucoceles
By Leonora Mello