1. Esclerose nuclear. A esclerose nuclear, também chamada de esclerose lenticular, pode fazer com que as pupilas dos olhos do seu cão assumam uma aparência cinza-azulada turva. A condição também é vista em humanos e cavalos.
Esta condição é uma alteração normal nas lentes dos olhos que normalmente ocorre em cães com mais de seis anos de idade. Geralmente se desenvolve em ambos os olhos ao mesmo tempo, e a boa notícia é que não é doloroso. Como a esclerose nuclear ocorre gradualmente, seu cão deve ser capaz de se adaptar confortavelmente a quaisquer pequenas alterações na visão que ocorram.
2. A catarata é causada por uma opacidade do cristalino, e pode progredir muito lentamente ao longo de muitos anos ou pode surgir muito rapidamente, levando à cegueira em poucos dias ou semanas.
A catarata em cães e gatos pode ocorrer por herança genética. Eles também podem ser causados por diabetes, intoxicação por produtos de limpeza, defensivos agrícolas, venenos. É um quadro clínico que frequentemente pode ser resolvido com cirurgia, desde que a função da retina esteja intacta.
3. Glaucoma é uma condição na qual há aumento da pressão intraocular. O humo aquoso, fluido produzido dentro do olho, não está drenando adequadamente, o que causa um acúmulo de pressão dentro do olho, que pode ser bem doloroso. Se o acúmulo de fluido (que é o que causa a aparência azul turva) e a pressão não forem tratados, eles farão com que o olho aumente e fique deformado, e o resultado final será a cegueira irreversível.
Em animais de estimação, o glaucoma é primário ou secundário. O glaucoma primário é hereditário e geralmente começa em um olho, mas na maioria dos casos, eventualmente, envolverá ambos os olhos. O glaucoma secundário ocorre quando outras doenças oculares estão presentes, incluindo uveíte, catarata avançada, câncer de olho, deslocamento do cristalino e descolamento crônico de retina.
O tratamento dependerá da causa e gravidade da doença. Mas o objetivo é sempre aliviar a pressão dentro do olho o mais rápido possível, reduzindo a produção de humor aquoso e aumentando a drenagem do olho afetado. Infelizmente, o tratamento clínico da doença não é tão bem-sucedido com animais de estimação quanto com as pessoas, e no caso em que a condição evolui, será necessário a remoção do globo ocular afetado.
4.Distrofia corneana. A distrofia da córnea é uma condição hereditária e progressiva que geralmente afeta ambos os olhos. Felizmente, não é doloroso e a visão normal pode não ser afetada. Existem três tipos de distrofia corneana, dependendo da localização: distrofia corneana epitelial, que afeta a formação de células; distrofia corneana estromal, que causa a aparência azul turva; e distrofia endotelial da córnea, que afeta as células do revestimento da córnea.
A distrofia corneana estromal geralmente não requer tratamento. A distrofia corneana endotelial às vezes é tratada com lentes de contato sobre os olhos. Marcas epiteliais da córnea, quando presentes, podem ser removidas. Outra opção de tratamento para a distrofia endotelial da córnea é a cirurgia de retalho da conjuntiva. Transplantes de córnea são realizados ocasionalmente, mas os resultados são inconsistentes.
Um cão com distrofia da córnea geralmente terá alguma nebulosidade ocular, mesmo após o tratamento bem-sucedido da doença. E como as úlceras da córnea são comuns tanto na distrofia endotelial quanto na epitelial da córnea, os cães com dor, piscar ou lacrimejar devem ser consultados por um veterinário.
5.Uveíte anterior. Se o seu cão tem uveíte anterior, significa que há inflamação da íris e do corpo ciliar dentro da úvea do olho. A doença também é conhecida como iridociclite, e é uma condição bastante dolorosa que pode ameaçar a visão de um cão.
A uveíte anterior causa dor nos olhos. Também pode haver estrabismo, coceira e vermelhidão nos olhos, lacrimejamento excessivo ou secreção, alteração na aparência da pupila, alteração na forma ou cor da íris, inchaço do globo ocular ou olhos opacos ou turvos . Em todos os casos, independentemente da causa da uveíte, são prescritos colírios e pomadas, juntamente com medicamentos para outras partes do corpo de um cão. A uveíte é uma condição secundária comum que resulta de um processo de doença em outras partes do corpo.
6) Toxoplasmose
Há muito desconhecimento ainda sobre a transmissão da toxoplasmose, e a culpa recai sobre os gatos, por serem os hospedeiros definitivos. Na verdade, a maior transmissão da doença ocorre pela ingestão de carne contaminada com cistos mal passada, ingestão de verduras ou água contaminada, ou via transplacentária. Os gatos se contaminam pelos mesmos motivos, e uma vez na vida podem expelir cistos nas fezes, e depois produzem anticorpos de longa duração, a mesmos que seja recontaminados em uma situação de iminossupressão. Para ocorrer a contaminação seria necessário ingerir material contaminado com as fezes dos gatos na ocasião em que ele eliminou os cistos, e isso é muito improvável, em comparação com os meios de contaminação de maior estatística, acima citados.
Achados sistêmicos em gatos com toxoplasmose clínica variam de acordo com o estado imunológico do animal. Gatinhos infectados por via transplacentária frequentemente desenvolvem doença disseminada e fulminante. Os adultos podem apresentar anorexia, letargia, febre, pneumonia, hepatite, sinais gastrointestinais, hiperestesia, miosite e uma variedade de sinais neurológicos.
Como o olho é um dos órgãos-alvo do T. gondii, doença ocular é um achado proeminente da toxoplasmose em muitas espécies. Pode acarretar uma uveíte, quando o olho pode apresentar modificações da pupila e da cor, e posteriormente uma retinocoroidite. Em caso de suspeita se faz a sorologia determinando os valores de IGM e IGG.
Ainda tem mais…..