Nutrigenômica em cães e gatos. O que é isso?

Em 2004, o National Institute of Health (NIH), nos Estados Unidos, concluiu o mapeamento do genoma canino, num projeto chamado “NHGRI Dog Genome Project”e o projeto de mapeamento do genoma felino está em andamento. Esse mapeamento, em conjunto com o conhecimento de que a progressão de um estado saudável para um estado de doença pode ser acompanhada por uma mudança na expressão dos gens, é uma ciência emergente na medicina veterinária.

            A nutrigenômica analisa a interação de nutrientes e alimentos com os genes. Ela estuda a nível molecular, como os nutrientes comuns na dieta podem influenciar a expressão genética de um cão ou um gato. Entendo-se melhor as vias metabólicas, pretende-se otimizar a saúde geral destes animais.

            Devido ao aumento da longevidade nos últimos anos, cães e gatos vêm sendo usados ​​como modelos animais para as mesmas doenças genéticas e nutricionais que os humanos sofrem. Os cães, em particular, são modelos animais para condições como artrite, vários tipos de câncer, doenças cardíacas e doenças metabólicas crônicas, incluindo obesidade e diabetes. Como há um componente genético para essas doenças, a nutrigenômica em Medicina Veterinária nasceu e está se desenvolvendo com o foco de minimizar a expressão destes gens que potencializam o aparecimento de doenças.

            Por exemplo, os cães estão se tornando mais obesos pelas mesmas razões que os humanos – uma potencial predisposição genética combinada com a redução de exercícios diários e aumento do consumo calórico. Portanto, faz sentido que doenças com componentes genéticos e nutricionais pode começar a ser abordado por meio da nutrigenômica e que os animais de companhia podem servir como o modelo nutrigenômico para a obesidade em humanos.

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