Xenodiagnóstico e microbiopsia como instrumentos de detecção da leishmaniose visceral em cães e gatos

A leishmaniose visceral é uma zoonose, onde o cão pode ser um hospedeiro e um reservatório importante nas áreas endêmicas, mas também outros animais, como felinos domésticos e mesmo aves domésticas podem ser portadores. Na verdade, o ciclo começa perigo com o mosquito palha, pois o protozoário Leishmania infantum se desenvolve principalmente no organismo deste mosquito e é transmitido quando o mesmo pica o animal para se alimentar, já que é um mosquito hematófago.

            Além da grande importância em buscar tratamento para os animais doentes, é essencial o controle sanitário da doença com estratégias para controlar o mosquito transmissor, assim como prevenir o desenvolvimento da doença nos animais suscetíveis. Nos cães há a vacina anual, que deve ser administrada junto com outras medidas de prevenção, como uso de coleiras com piretróides eficazes contra o mosquito, e levar os animais para um ambiente telado ao cair da tarde, quando esta espécie de mosquito sai para pastejar.

             Os sintomas da leishmaniose visceral canina são bastante variados e muitos decorrentes das reações autoimunes que desencadeia. São eles: fraqueza, inapetência, anemia, ferimentos na pele que não cicatrizam, descamação e perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, alterações oculares, diarreia com sangue.

            O maior problema são os animais que estão infectados, mas são assintomáticos, e continuam transmitindo o parasito, ou se muito depois da infecção, quando sua imunidade cai por algum motivo.  Por isso, quando se tem um animal sintomático e com diagnóstico positivo, deve-se também fazer o exame de todos os outros, mesmo com aspecto de sadios.

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