Estudo de Medicamentos Homeopáticos no Tratamento das Infecções Uterinas em Cadelas (Canis familiaris)

Calendula officinallis

INTRODUÇÃO

São freqüentes as infecções uterinas em cadelas, principalmente aquelas concomitantes à hiperplasia cística endometrial (HCE), decorrentes de infecções secundárias e alterações nas glândulas endometriais e nos receptores progestágenos 11. Opções terapêuticas não cirúrgicas vêm surgindo15 e por outro lado, existem os riscos trans e pós-operatórios, principalmente nos animais idosos, cardiopatas e com endocrinopatias.

No presente trabalho foi realizado um estudo sobre medicamentos homeopáticos com  ação terapêutica sobre as endometrites caninas5,6 .

 

Caullophyllum thalictroides

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre infecções uterinas em cadelas1,5,6,11,12,13,14 e sobre medicamentos homeopáticos2,3,4,,7,8,9,10,15,16 utilizados em alterações inflamatórias do aparelho reprodutivo, sendo escolhidos seis para este estudo.

Com base no material obtido, e  na experiência clínica e terapêutica em infecções uterinas com a utilização da Homeopatia, foram escolhidos seis medicamentos para estudo.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre infecções uterinas em cadelas1,5,6,11,12,13,14 e sobre medicamentos homeopáticos2,3,4,,7,8,9,10,15,16 utilizados em alterações inflamatórias do aparelho reprodutivo, sendo escolhidos seis para este estudo.

Com base no material obtido, e  na experiência clínica e terapêutica em infecções uterinas com a utilização da Homeopatia, foram escolhidos seis medicamentos para estudo .

A pesquisa resultou no estudo de seis medicamentos adequados ao tratamento de infecções uterinas na cadela. São eles com suas respectivas ações:

Calendula officinalis – antisséptico  nas leucorréias, vaginites e afecções uterinas 10;

Caullophylum  thalictroides– nas dores espasmódicas e leucorréia abundantes e crônicas 10,11,12;

Echinacea purpurea –incrementa a atividade imunológica, alivia a dor, reduz a inflamação 11 ;

Hydrastis canadensis –ação nas infecções genitourinárias por Escherichia coli Proteus sp 15., nas metrorragias  e nos tumores mamários2;

Pulsatilla nigricans – leucorréia ácrida, excoriante e nas infecções crônicas 16,17 ;

Pyrogenium –corrimentos fétidos, hemorragias uterinas, febre a cada ciclo, conseqüência de uma infecção uterina latente. 2,8,17

Echinacea purpurea

 

Hydrastis canadensis

 

Pulsatilla nigricans

 

DISCUSSÃO

Com base nos resultados dos estudos da bioatividade dos medicamentos citados e utilizados por Hahnemann – o fundador da Homeopatia – e seus seguidores, é possível traçar estratégias terapêuticas nas infecções uterinas de cadelas, principalmente naquelas com

risco cirúrgico, pelas cardiopatias, insuficiência respiratória coagulopatias e endocrinopatias.

CONCLUSÃO

No passado, os médicos homeopatas conseguiram numerosas e duradouras curas clínicas, de uma forma suave e permanente. Neste estudo, foi feito uma reflexão e um levantamento bibliográfico sobre os prováveis medicamentos homeopáticos que podem atuar nas infecções uterinas das cadelas, incluído a HCE e suas complicações.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) BAARS E. & BAARS,T (eds) Desk Study on Homeopathy in Organic Livestock Farming. Louis Bolk Institute. Driebergen. 2003. disponível em 13/1/2006.

http://www.louisbolk.nl/downloads/homeopathy.pdf

2) BOERICKE,W. Pocket Manual of Homoepathic Mat. Med. & Reper. B.Jain Pub PVT LTD. New Delhi.2005.

3) CAIRO,N.Guia de Medicina Homeopática.Livraria Teixeira. São Paulo.1981.

4) CLARKE, J.H.  A Dictionary of Pratical Materia Medica. J. Pub. Co. New Delhi. Vol. I.1982.

5) DOW,C.The Cystic Hyperplasia-Pyometra Complex in the Bitch.Vet.Rec. , London, vol. 54, p. 1409-1415, dec.1957.

6) DOW,C. The Cystic Hyperplasia-Pyometra Complex in the Bitch. Vet. Rec., London, vol.70,p. 1102-1110, dec. 1958.

7) HAHNEMANN,S. Matéria Medica Pura. Vol II. 3a ed.1893. vol II. B. Jain Pub. New Delhi. vol II. 2005.

8) HERING,C. The Guiding Symptoms of our Materia Medica.B. Jain Pub. New Delhi. 1980. vol.III.

9) __________The Guiding Symptoms of our Materia Medica.B. Jain Pub. New Delhi. 1980. vol.VI.

10) __________ The Guiding Symptoms of our Materia Medica.B. Jain Pub. New Delhi. 1980. vol.VIII.658pps.

11) LUCAS,S.S.; OLIVEIRA,A.L.L.; SCHOSSLER, J.E.W. Piometrite em Cães e Gatos: Revisão de 103 casos. Ver. Fac.Zootec.Vet.Agro. Urug.vol 7/8: 99-103,2000/01.

12) MACEDO,L.P.; LOPES,M.D. Síndrome do ovário Remanescente em Cadelas e Gatas- Revisão. Clinica Veterinária, ano VIII, n.44: 22-24. maio/junho 2003.

13) MELLO, M.L.V; SANTOS,M.R. Citologia Vaginal na Hiperplasia Cística Endometrial Canina. Cong Pan. de Ciências Vet.. XV PANVET-(anais), 1996.

14) MELLO, M. L. V. Avaliação  Colpocitológia de Cadelas com Problemas Reprodutivos em Clínicas do Rio de Janeiro. Niterói: UFF. 1997. (Tese de Mestrado).

15) RENTON,J.P. Observations on the Treatment and Diagnosis of Open Pyometra in the Bitch (Canis familiaris). J. Reprod. Fert. Suppl. 47: 465-9. 1993.

16) TÉTAU. M. Hahnemann, Muito além da Genialidade. Editora Organon Ltda e Biopress. São Paulo e Lisboa. 2001

17) VIJNOVSKY.B Tratado de Materia Medica Homeopatica. Macagno, Landa Y Cia, S.R.I.Buenos Aires. Tomo I.. 1978.

Leonora Mello

Méd. Vet autônoma-CRMVRJ/2165- Docente da Disciplina. de Clínica. Médica de Animais de Companhia .Fac. Med. Vet. FESO- Fund. Educac. Serra dos Órgãos- Estrada da Prata s/n – Bairro da Prata CEP 25976-340 Teresopolis -RJ – Brasil

e-mail. leonoramello@homeopatiaonlione.vet.br

 

PORQUÊ OS GATOS COMEM SACOS PLÁSTICOS

É muito comum os gatos ficarem lambendo, mastigando e até engolindo sacos plásticos.  Acredito que as causas são várias,  inclusive pode ser por resíduos no material que contenham cheiros que sejam atraentes para eles, já que são feitos de material reciclado. Há estudos onde se busca fazer estes sacos exclusivamente de celulose e amido, o que os tornariam inócuos se ingeridos. Porém, os que existem hoje em dia ainda são feitos de derivados de petróleo, o que os tornam indigestos, podem causar obstruções graves no trato digestivo dos animais de companhia. Continue Reading →

NOVIDADES SOBRE O CÃO E SUAS ORIGENS

 

Cientistas sustentam que a diferença genética entre lobos e cães é menor que 0,2%, confirmando o conhecimento de que o lobo e o cão são do mesmo gênero e da mesma espécie Canis lupus. Isso significa que o cão doméstico surgiu do lobo e que deste é, no máximo, uma raça ou variedade ou uma subespécie. Por causa disso, o antigo nome científico do cão Canis familiaris, dado por Linaeus em 1758, foi trocado para Canis lupus familiaris.

Estudo publicado na “Nature Communications” revelou que os cães teriam sido domesticados há 32 mil anos atrás, quase o dobro do que se acreditava. E isso gerou um impacto na genética dos animais e dos homens, que foi ficando muito parecida em alguns aspectos. A teoria confirma que os cães de autodomesticaram para serem mais aceitos pelos humanos, que por sua vez também se adaptaram aos animais. Continue Reading →

A EVOLUÇÃO DO FELINO DOMÉSTICO

Existem cerca 37 espécies na família Felidae, embora ainda hajam controvérsias. Nos últimos anos, no entanto, a revolução no seqüenciamento genético de vários seres vivos, induzida pelo Projeto Genoma Humano e por poderosas tecnologias de estudo do DNA.

Uma das linhagens reúne todos os grandes felinos que rugem como o leão, o tigre, o leopardo, a onça e o leopardo-das-neves. Em todos eles a estrutura óssea que dá apoio à língua, chamada hióide, encontra-se parcialmente calcificada, o que permite que esses felinos rujam. Também nesse grupo estão as panteras-nebulosas e as panteras-nebulosas de Bornéu, espécie pouco conhecida de felinos de porte médio com pelagem marmoreada. Por terem os ossos do pescoço estruturados de forma um pouco diferente, esses animais não conseguem rugir. Continue Reading →

Porque Amamos os Animais

 

Para a maioria de nós, a visão de um animal nos enternece. Ver  cãezinhos brincando, observar sua vivacidade, ou a graça de um destes gatões de telhado voando pelos muros e árvores… Ou a pueril imagem de bois e vacas pastando em sua infinita paciência, com seus mugidos calmos de bicho solto que não precisa ter medo ou pressa… E os cavalos, ah, os cavalos e sua altiva e radiante beleza, como é fácil sentir o coração aquecido de bons sentimentos por estes animais…

Por que amar os animais? Porque antes de tudo, amar é um sinal de Saúde Mental e Emocional. Porque uma das finalidades existenciais dos animais, não importa de animais de companhia, selvagens ou de produção, uma das finalidades é despertar em cada um esta vocação inata do homem que é a capacidade de sentir, de amar. Pois quem não consegue amar não está completo. Falta-lhe algo, e isso se refletirá em dificuldades de relacionamento no dia a dia, um bloqueio, um mau sentir, e assim será difícil ser uma pessoa feliz. Continue Reading →

Perguntas comuns sobre Nutrição canina

 

 

Uma boa nutrição para  o seu cão merece cuidados. É preciso tempo e paciência para aprender o que seu cão precisa para se manter saudável, feliz e ativo. È também necessário dedicação e perseverança para se certificar de que seu cão come o que deve, e não o que ele quer.

Aqui estão algumas dicas para garantir o seu animal de estimação recebe todas as suas necessidades nutricionais atendidas.

 

1. Por que é uma boa nutrição é importante?

É vital que o seu cão coma uma dieta completa e balanceada. Ele precisa de água potável, proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas. O nutriente mais importante é a água, que compõe 60 % do peso de um cão. Proteínas, gorduras e carboidratos são necessários para energia, minerais são importantes para a condução nervosa, contração muscular, entre outras coisas, e as vitaminas são importantes para ajudar os seus processos bioquímicos do cão. Continue Reading →

O que meu cão diabético pode comer?

Infelizmente, está aumentando o número de cães e gatos diabéticos. Entre as causas possíveis, há diversas possibilidades: herança genética, obesidade, má alimentação, estress continuado, alterações hormonais predisponentes como o hiperadrenocorticismo, excesso de corticóides orais, sequelas de pancreatites (causados por intoxicações, infecções  e alimentação incorreta, inseticidas, Alterações auto imunes, etc.

Em gatos, algumas vezes a diabete, geralmente a tipo II, consegue ser revertida. Em cães, quando se instala, quase sempre ela é a do tipo I, dependente do uso de insulina injetável.

Continue Reading →

NEUROMODULAÇÃO EM HOMEOPATIA E ACUPUNTURA

Sabemos que a ciência tem encontrado cada vez mais complexidade no emaranhado de enzimas e milhares de reações interligadas por receptores na instalação tanto da doença como na cura.

Quando um pequeno ferimento cicatriza, é um verdadeiro milagre de milhões de componentes em ação, que eliminam células mortas e restauram pequenos vasos sanguíneos e promovem a reepitelização do local, e quantas vezes isso ocorre sem que se tenha aplicado qualquer medicamento! Continue Reading →

A EVOLUÇÃO DO FELINO DOMÉSTICO

 

Existem cerca 37 espécies na família Felidae, embora ainda hajam controvérsias. Nos últimos anos, no entanto, a revolução no seqüenciamento genético de vários seres vivos, induzida pelo Projeto Genoma Humano e por poderosas tecnologias de estudo do DNA.

Uma das linhagens reúne todos os grandes felinos que rugem como o leão, o tigre, o leopardo, a onça e o leopardo-das-neves. Em todos eles a estrutura óssea que dá apoio à língua, chamada hióide, encontra-se parcialmente calcificada, o que permite que esses felinos rujam. Também nesse grupo estão as panteras-nebulosas e as panteras-nebulosas de Bornéu, espécie pouco conhecida de felinos de porte médio com pelagem marmoreada. Por terem os ossos do pescoço estruturados de forma um pouco diferente, esses animais não conseguem rugir.

Continue Reading →