Cuidado com o calor e com o risco de SARA em cães!

A síndrome de angústia respiratória agudo foi identificada em humanos na década de 1960, e foi considerada rara em animais de estimação. Porém com o passar do tempo foram sendo identificados mais casos, sobretudo em sobretudo cães e gatos braquicefálicos (Pug, Lhasa apso, Shih Tzu, gatos Persa), onde, por seu focinho curto, a função respiratória já é prejudicada anatomicamente. Condições predisponentes como extremo calor, inflamações/infecções respiratórias prévias, choque elétrico ou hipovolêmico, podem predispor à condição. Deve ser diferenciada de condições cardíacas, sendo uma dificuldade eminentemente pulmonar, embora a sua evolução possa levar a um quadro de edema, alelectasia de alvéolos e trata-se de uma condição que se não tratada rapidamente é uma ameaça iminente à vida. Em condições tardias, já pode estar acontecendo edemas complexos, atelectasias em massa, ausência da substância surfactante. Surfactante pulmonar é um líquido produzido pelo organismo que as trocas gasosas nos pulmões. Sua ação permite que os alvéolos pulmonares, fiquem abertos durante a respiração, através de uma tensão, o que facilita a entrada de oxigênio na circulação de sangue. Nestas situações torna-se difícil o aporte de oxigênio ao interstício pulmonar.

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                Os sinais de SARA incluem aumento da frequência respiratória, mucosas cianóticas (azuladas) das gengivas e parte interna das pálpebras, devido ao fornecimento insuficiente de oxigênio e, ocasionalmente, tosse. Em algumas ocasiões, os animais afetados podem ter um fluido espumoso rosa da boca ou nariz, que vem dos pulmões. Diante estes sinais, o tutor deve levar imediatamente o animal a um Hospital Veterinário que esteja equipado com Unidade de Terapia Intensiva, pois lá estarão profissionais com formação intensivista, preparados para situações de emergência como esta. O médico veterinário pode perceber ruídos respiratórios anormais ou aumentados ao examinar o animal. É conveniente fazer a oximetria para averiguar se os níveis de oxigênio estão baixos. O uso da oximetria de pulso pode alertar antecipadamente uma deterioração do sistema cardiopulmonar antes de ser clinicamente visível. A SaO2 normal é 98%. Valores abaixo de 90% estão relacionados a PaO2 < 60mmHg.

                O teste mais importante para o diagnóstico de SARA é a gasometria, mas que nem sempre é acessível, por não existir os equipamentos necessários para dosar o oxigênio e dióxido de carbono a partir do sangue arterial. No entanto, cada vez mais as clínicas e hospitais vêm se equipando e fornecendo mais possibilidade de diagnóstico e tratamento.  Com certeza será necessário também uma bateria de exames de sangue, hemograma completo, plaquetometria, perfil das enzimas séricas e urinálise. Importantes também são radiografias de tórax e ecodopplercardiograma, mas somente quando houver certeza de que o animal esteja estabilizado.

                 O ideal é que o tutor sempre esteja atento ao estado de saúde de seu animal de companhia, e havendo algum problema, levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico veterinário. Deve manter as vacinas em dia, a vermifugação, controle de ectoparasitas, alimentação adequada. E após os cinco anos, realizar check ups anuais, para a detecção de prováveis doenças crônicas, e após os oito anos os exames de rotina devem ser semestrais. Desta forma são evitados muitos problemas e situações de emergência como a SARA. E nos animais braquicefálicos, sempre ter cuidado nas estações quentes do ano, não deixar o animal em locais pouco ventilados, ou dentro de carros, cuidado com cheiros fortes, produtos químicos.  Averiguar e tratar e acompanhar condições pré-existentes como bronquites crônicas, sinusites, rinites, problemas cardiovasculares, endócrinos, como hipotireoidismo no caso dos cães, hipertireoidismo no caso de gatos, com certeza diminuem muito a possibilidade de instalação de uma emergência como a SARA

                Uma vez ocorrendo dificuldade respiratória, o animal deve ser encaminhado imediatamente a um local que tenha equipamentos adequados, a oxigenação é o fator mais importante, e algumas vezes será necessário inserir sondas, ou até mesmo a necessidade de sedação e entubação, além de medicação como fluidoterapia, corticóides, broncosdilatadores . AUm quadro de SARA exige internação e acompanhamento 24 horas por dia. Uma vez confirmado o diagnóstico, o prognóstico é pobre. Daí a insistência em tratar precocemente comorbidades e as alterações que vão aparecendo com a idade, como forma de assegurar uma vida saúdavel e mais duradoura.

                Os sinais de SARA incluem aumento da frequência respiratória, mucosas cianóticas (azuladas) das gengivas e parte interna das pálpebras, devido ao fornecimento insuficiente de oxigênio e, ocasionalmente, tosse. Em algumas ocasiões, os animais afetados podem ter um fluido espumoso rosa da boca ou nariz, que vem dos pulmões. Diante estes sinais, o tutor deve levar imediatamente o animal a um Hospital Veterinário que esteja equipado com Unidade de Terapia Intensiva, pois lá estarão profissionais com formação intensivista, preparados para situações de emergência como esta. O médico veterinário pode perceber ruídos respiratórios anormais ou aumentados ao examinar o animal. É conveniente fazer a oximetria para averiguar se os níveis de oxigênio estão baixos. O uso da oximetria de pulso pode alertar antecipadamente uma deterioração do sistema cardiopulmonar antes de ser clinicamente visível. A SaO2 normal é 98%. Valores abaixo de 90% estão relacionados a PaO2 < 60mmHg.

                O teste mais importante para o diagnóstico de SARA é a gasometria, mas que nem sempre é acessível, por não existir os equipamentos necessários para dosar o oxigênio e dióxido de carbono a partir do sangue arterial. No entanto, cada vez mais as clínicas e hospitais vêm se equipando e fornecendo mais possibilidade de diagnóstico e tratamento.  Com certeza será necessário também uma bateria de exames de sangue, hemograma completo, plaquetometria, perfil das enzimas séricas e urinálise. Importantes também são radiografias de tórax e ecodopplercardiograma, mas somente quando houver certeza de que o animal esteja estabilizado.

                 O ideal é que o tutor sempre esteja atento ao estado de saúde de seu animal de companhia, e havendo algum problema, levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico veterinário. Deve manter as vacinas em dia, a vermifugação, controle de ectoparasitas, alimentação adequada. E após os cinco anos, realizar check ups anuais, para a detecção de prováveis doenças crônicas, e após os oito anos os exames de rotina devem ser semestrais. Desta forma são evitados muitos problemas e situações de emergência como a SARA. E nos animais braquicefálicos, sempre ter cuidado nas estações quentes do ano, não deixar o animal em locais pouco ventilados, ou dentro de carros, cuidado com cheiros fortes, produtos químicos.                Averiguar e tratar e acompanhar condições pré-existentes como bronquites crônicas, sinusites, rinites, problemas cardiovasculares, endócrinos, como hipotireoidismo no caso dos cães, hipertireoidismo no caso de gatos, com certeza diminuem muito a possibilidade de instalação de uma emergência como a SARA

                Uma vez ocorrendo dificuldade respiratória, o animal deve ser encaminhado imediatamente a um local que tenha equipamentos adequados, a oxigenação é o fator mais importante, e algumas vezes será necessário inserir sondas, ou até mesmo a necessidade de sedação e entubação, além de medicação como fluidoterapia, corticóides, broncosdilatadores . AUm quadro de SARA exige internação e acompanhamento 24 horas por dia. Uma vez confirmado o diagnóstico, o prognóstico é pobre. Daí a insistência em tratar precocemente comorbidades e as alterações que vão aparecendo com a idade, como forma de assegurar uma vida saúdavel e mais duradoura.

Literatura recomendada:

BARNATTE, C. Acute Respiratory Distress Syndrome (Shock Lung) in Dogs. https://vcahospitals.com/know-your-pet/acute-respiratory-distress-syndrome-shock-#:~:text=Signs%20of%20ARDS%20include%20increased,coming%20from%20the%20dog’s%20lungs

BOIRON, L.; HOPPER,K.; BORCHES, A. Risk factors, characteristics, and outcomes of acute respiratory distress syndrome in dogs and cats: 54 cases. J Vet Emerg Crit Care (San Antonio). 2019 Mar;29(2):173-179. doi: 10.1111/vec.12819. Epub 2019 Mar 12.

KELMER,E. LOVE,L.C.; de CLUE, A.E.; COHN, L.A.; BRUCHIM, Y. ; KLAINBART, S.; SURA, P.A.; MERBI, Y. Successful treatment of acute respiratory distress syndrome in 2 dogs. CVJ / VOL 53 / FEBRUARY 2012

PITANGA, C.J.Sindrome da Angústia Respiratória em Cães – uma revisão. https://img2.gratispng.com/20180601/irx/kisspng-gaia-hypothesis-earth-mother-nature-mother-earth-5b118ebdf34362.5186427015278773099964.jpg

SOUZA , M.C.; SERAFINI, G.M.C.; CRUZ, F.S.F. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda. Ciência Animal, v.29, n.4, p.124-134, 2019.

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