Novo livro: Revisitando quintais- resgatando os remédios da vovó

Este é um pequeno livro com o estudo sobre o uso popular de ervas medicinais para animais de companhia. Foram estudadas plantas que apresentam muito pouca ou nenhuma possibilidade de efeitos tóxicos, em suas principais ações internas e/ou externas. As doses utilizadas são baseadas nas doses humanas, com as devidas proporções em relação ao peso e tamanho dos animais, e  de estudos realizados a partir de outros autores. Acredito que é necessário um resgate no estudo e utilização de plantas medicinais em medicina veterinária, pela abundância de nossa flora medicinal, pela necessidade econômica de medicamentos mais acessíveis, e para trazer de volta saberes esquecidos da cultura da medicina popular, tão utilizada pelos nossos antepassados, tão rica nos povos indígenas e frequentemente utilizado por nossos antepassados.

Não há de modo algum a intenção de se abolir a terapia alopática convencional, nem muito menos esquecer os modernos métodos terapêuticos e diagnósticos, mas sabe-se que muitos casos de menor gravidade, poderão ser resolvidos de maneira simples e natural.

Você pode ler este livro digital sem aplicativos, no próprio site. Também poderá fazer download do arquivo (formato .ePub) para ler no app ou aparelho de sua preferência.

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ALTERAÇÕES DA TIREOIDE EM GATOS

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Com o passar dos anos, a possibilidade de desenvolvimento de doenças crônicas vai aumentando. Isto é verdade para o ser humano, mas também para os animais.  Ocorrem doenças articulares, cardiovasculares, alterações da função renal, aumenta a incidência de tumores, às vezes aparecem sintomas de senilidade, como a disfunção cognitiva do idoso, e são numerosas as endocrinopatias.

            Em gatos, rotineiramente pode ocorrer o hipertiroidismo, mas não se deve ignorar sintomas que apontam também para o hipotiroidismo, embora seja muito mais raro.

                A primeira vez que se ouviu falar em hipertireoidismo em gatos, foi em 1979. Já foi chamado também de tireotoxicose, mas hoje não se usa muito este termo.  O que ocorre é uma aumento na produção dos hormônios tireoidianos, conhecidos como T3 e T4, e glândula , situada no pescoço , a cada lado da traqueia, aumenta de tamanho. Em geral este aumento se trata de um adenoma, um tumor benigno. Mas em casos raros, poderá haver um adenocarcinoma, e o quadro será muito mais grave.

               Não se conhece bem a causas do hipertireoidismo felino, mas podem estar envolvidos alguns fatores, como deficiência ou excesso de alguns nutrientes ou exposição crônica a substâncias químicas tóxicas.

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Nódulos em baço

Atualmente, tem ocorrido com certa frequência achados ultrassonográficos de nódulos em baço em cães e gatos, o que causa muita angústia aos seus responsáveis, e uma certa urgência, em relação às providências, como a esplenectomia. Outros, ao saberem e sendo o animal idoso, acham que nada mais tem a se fazer.

            É importante saber que cada animal é um caso, e cada tipo tumoral é um caso. Em cães, cerca de 70% dos nódulos encontrados são benignos, e em gatos a estatística piora um pouco: 50% podem ser benignos e 50% são malignos.

            Nódulos menores que 2cm podem esperar, com acompanhamento ultrassonográfico, quando se tenta a Terapia Integrativa, como Homepatia  baseada nos sinais em sintomas, em forma de tabletes, ou a injetável, utilizando Viscum Album e associações. Se ultrapassarem este tamanho, sugere-se procurar o oncologista.

            Pode ser que um tumor maligno cresça muito devagar, e um benigno cresça rápido, e sequestre muitas hemácias, ou plaquetas. Ambos os casos necessitam de vigilância e provavelmente a esplenectomia será indicada.

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Xenodiagnóstico e microbiopsia como instrumentos de detecção da leishmaniose visceral em cães e gatos

A leishmaniose visceral é uma zoonose, onde o cão pode ser um hospedeiro e um reservatório importante nas áreas endêmicas, mas também outros animais, como felinos domésticos e mesmo aves domésticas podem ser portadores. Na verdade, o ciclo começa perigo com o mosquito palha, pois o protozoário Leishmania infantum se desenvolve principalmente no organismo deste mosquito e é transmitido quando o mesmo pica o animal para se alimentar, já que é um mosquito hematófago.

            Além da grande importância em buscar tratamento para os animais doentes, é essencial o controle sanitário da doença com estratégias para controlar o mosquito transmissor, assim como prevenir o desenvolvimento da doença nos animais suscetíveis. Nos cães há a vacina anual, que deve ser administrada junto com outras medidas de prevenção, como uso de coleiras com piretróides eficazes contra o mosquito, e levar os animais para um ambiente telado ao cair da tarde, quando esta espécie de mosquito sai para pastejar.

             Os sintomas da leishmaniose visceral canina são bastante variados e muitos decorrentes das reações autoimunes que desencadeia. São eles: fraqueza, inapetência, anemia, ferimentos na pele que não cicatrizam, descamação e perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, alterações oculares, diarreia com sangue.

            O maior problema são os animais que estão infectados, mas são assintomáticos, e continuam transmitindo o parasito, ou se muito depois da infecção, quando sua imunidade cai por algum motivo.  Por isso, quando se tem um animal sintomático e com diagnóstico positivo, deve-se também fazer o exame de todos os outros, mesmo com aspecto de sadios.

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Aromaterapia para Pets

Vem crescendo o interesse na utilização de óleos essenciais, nos difusores das casas, em uso local e até por via oral. Como se trata de uma Prática Integrativa e Natural, talvez as pessoas não dimensionem que pode haver muitos efeitos deletérios de sua aplicação errada.

Os óleos essenciais são ricos e, componentes químicos altamente concentrados. Para se ter ideia, para se conseguir cerca e 100 gramas de óleo de Rosas, são necessários 600 quilos de pétalas!!!

Em Medicina Veterinária também vem crescendo o interesse pelo uso de óleos essenciais, mas é importante lembrar que NUNCA podem ser ingeridos pelos pets, nem aplicados diretamente sobre a pele. Para ingerir, são muito tóxicos, e sua aplicação pura na pele e pelos, e havendo contato com o sol, pode desencadear reação de fotossensibilização extensas, e difícil cicatrização, além de serem absorvidos pela corrente sanguínea.

Existem óleos carreadores, em geral óleo de girassol e óleo de coco, que são utilizados para diluir os óleos essenciais antes de serem utilizados para cães, e mesmo assim, para serem novamente diluídos em shampoos e creme rinse, por exemplo, ou aplicando pequena quantidade na coleira, na sua roupinha de sair ou de cama. Ou misturados ( já com o carreador) em água em borrifadores para aplicação no ambiente. O uso de óleos essenciais em gatos deve ser muito cauteloso, pois são muito sensíveis a intoxicações.

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Alguns aminoácidos e oligoelementos importantes em Medicina Veterinária

As doenças crônicas ou infecciosas, cansaço, estress, alimentação incorreta, acomodações indevidas, situações como confrontos, disputas de território, podem gerar nos animais de companhia grande liberação de radicais livres, consumindo elementos importantes para a manutenção de seu equilíbrio físico, emocional e imunitário.

            Por sua vez, alterações no sistema imunológico estão relacionadas a aumento de risco para o desenvolvimento de infecções que, por sua vez, produzem mudanças fisiológicas que pioram o estado nutricional

O sistema imune possui componentes específicos que sofrem influências de nutrientes. Hoje se sabem por exemplo, que o intestino delgado tem um papel muito importante na imunidade inata do animal, tendo uma grande quantidade de tecido linfóide, que atua como uma verdadeira barreira física contra patógenos, evitando que eles cheguem até o resto do organismo e circulação sistêmica. 

Sabe-se que alguns elementos nutracêuticos como a glutamina, arginina, nucleotídeos, ácidos graxos e fibra dietética são muito importantes para o bom funcionamento tanto das células epiteliais intestinais, como deste extenso tecido linfóide.  A deficiência da ingestão ou absorção destas substâncias certamente irá comprometer a curto ou médio prazo a saúde.

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POTENCIAÇÃO EM HOMEOPATIA

Por muitos anos, Hahnemann, o fundador da Homeopatia, utilizava a Lei dos Semelhantes, mas com substâncias em doses ponderais, isto é, sem diluir, ou com pouca diluição, e algumas delas eram bastante perigosas e com muitos efeitos colaterais. Por exemplo, as preparações de mercúrio foram reconhecidas durante séculos como um tratamento bem-sucedido para a sífilis. Infelizmente, os doentes corriam o risco de serem envenenados pelo tratamento.

Hahnemann já havia mostrado que o mercúrio era eficaz porque curava pela Lei dos Semelhantes ou “igual trata igual”; produziria sintomas semelhantes aos da sífilis se administrado a pessoas saudáveis. Não querendo que seus pacientes sofressem os efeitos envenenadores do mercúrio ou de qualquer outra substância tóxica, Hahnemann começou a diluir seus remédios. Ele descobriu que, embora pudesse acabar com os efeitos colaterais tóxicos de seus remédios, também perdia seus benefícios de cura.

Porém, Hahnemann descobriu que um remédio preparado por uma série de diluições intercaladas com vigorosas agitações, resultava em um medicamento poderoso e seguro. Há muitas histórias a respeito de como ele descobriu isso. Alguns contam que ele observou o despertar do poder medicamentoso das substâncias diluídas, após percorrer grandes distâncias em terrenos acidentados com sua carruagem, onde os medicamentos eram sacudidos frequentemente. Outros, e parece que esta é a versão mais aceita, descreve que ele batia com cada solução diluída contra a capa dura de sua Bíblia. O fato é que a associação da diluição com as agitações, que foram chamadas de sucussões, resultou em escalas ultramoleculares chamadas de potenciação.

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Estomatite Ulcerativa Canina

A estomatite ulcerativa canina é uma doença de origem autoimune, também chamada “estomatite ulcerativa paradental crônica” (CUPS – Chronic ulcerative paradental stomatitis). Ela ocorre espontaneamente na mucosa oral, e supõe-se que um dos gatilhos para seu aparecimento seja a presença da placa dentária, com resíduos e bactérias (biofilme). O organismo desenvolve uma intolerância à placa e começa a reagir exageradamente.

   Pacientes com estomatite paradental ulcerativa crônica apresentarão bastante dor, relutância em abrir a boca, hálito pútrido, salivação espessa, mal cheirosa, às vezes snaguinolenta e perda de apetite.

               Quando a terapia medicamentosa (escovação frequente, uso de antisséticos e antibioticoterapia) não é bem sucedida, ou as ulcerações são de longa duração ou avançadas, as extrações dentárias são necessárias. Em alguns casos, a extração dos dentes caudais (pré-molares e molares) será suficiente, enquanto outros requerem extrações de boca completa. Os casos de extração total da boca podem ser separados em dois procedimentos com ênfase no controle da dor e na cicatrização ideal. Mais de 90% desses pacientes alcançarão remissão clínica, que é a resolução das úlceras, retorno ao conforto e alimentação. Porém as recidivas são frequentes, se não houver cuidado constante.

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Complexo gengivite estomatite felina

O complexo gengivite-estomatite felina (CGEF) é uma afecção relativamente comum em gatos. É caracterizada por inflamação crônica intensa da gengiva e da mucosa oral com a presença de ulcerações que ocorrem devido a uma reação exagerada do organismo ao acúmulo da placa bacteriana e do cálculo dental na doença periodontal.

Trata-se de uma doença de caráter crônico e tem sido referida como a segunda causa mais frequente de patologia oral, logo após a doença periodontal.  Podem ocorrer diversos sinais clínicos como anorexia, ptialismo (produção excessiva de saliva) e agressividade, decorrentes da dor e desconforto sentidos pelo animal.

Há uma forma bastante grave, a gengivo-estomatite linfoplasmocítica (GECF) quando se desenvolvem lesões profundas, refratárias ao tratamento. Nos casos mais graves, o paciente não consegue se alimentar, e o jejum prolongado, a inflamação e levam a quadros degenerativos e infecções secundárias. O felino desenvolve uma desidratação, e há o risco de lipidose, se não houver rápidas medidas terapêuticas, e neste casos, a associação das Terapias Integrativas e Complementares auxilia substancialmente.

Atribui-se um conjunto de possíveis causas para esta enfermidade, entre elas agentes virais, bacterianos e/ou alimentares, com uma forte participação imunitária.

Foi detectado Calicivirus na quase totalidade dos casos estudados, isto é, em 85% dos gatos com gengivo-estomatite, e em 100% dos casos de gatos com faucite. Também se verificou a associação de Herpes vírus (rinotraquíte). Alguns estudos também apontam que cerca de até 50% de pacientes felinos com gengivo-estomatite são portadores de FIV (Vírus da Imunodeficiência felina- retrovirose).

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Retroviroses em felinos domésticos : FIV ( Vírus da Imunodeficiência Felina)

A FIV e a FELV são doenças retrovirais incuráveis, e embora estes vírus sejam da mesma família do HIV humano e se comportem de maneira semelhante, não são transmissíveis ao homem, mas com grande risco de transmissão entre felinos domésticos e selvagens.

            O FIV é mais comumente transmitido através de mordidas, portanto, gatos machos agressivos e não castrados correm o maior risco. Gatos de interior têm o menor risco de contrair a doença. Estudos indicam que o vírus pode ocasionalmente ser transferido da mãe para o filhote através do leite, mas que a transmissão sexual não é considerada uma causa significativa de disseminação viral. Se um gato FIV-positivo vive em uma casa com outros gatos não infectados, o risco de transmissão só ocorre se houver briga entre eles. O contato casual não espalha esse vírus.

               Quando um gato infectado morde outro gato, o vírus é injetado na corrente sanguínea e viaja através do sangue para o linfonodo mais próximo, onde se multiplica dentro das células. Ele se dissemina para todos os outros linfonodos e pode fazer com que eles aumentem de tamanho. A febre pode estar presente neste momento, mas provavelmente passará despercebida, porém, a maioria dos gatos infectados com FIV nunca elimina a infecção e ela persiste no corpo e destrói silenciosamente o sistema imunológico ao longo de meses ou anos.

               Muitos gatos com FIV vivem por anos e parecem completamente normais. Mas como o vírus ataca o sistema imunológico, o gato acaba não conseguindo lutar com bactérias, vírus e parasitas comuns encontrados no ambiente. A maioria dos sinais clínicos associados ao FIV surge de infecções secundárias, não do próprio vírus. Quando o sistema imunológico estiver esgotado, surgem infecções secundárias e podem ocorrer variados sintomas como: perda de apetite; perda de peso crônica; febre persistente; pelagem feia; inflamação das gengivas e boca; infecções crônicas recorrentes da bexiga, pele ou trato respiratório; diarreia persistente; neoplasias; condições neurológicas, como convulsões e alterações comportamentais; distúrbios hemorrágicos e problemas na medula óssea.

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As diretrizes para FELV – Vírus da Leucemia Felina

 Após estudos realizados entre 2008 e 2016, envolvendo cerca e três milhões de testes de gatos portadores de retrovírus (FIV e FELV), provenientes de 68 países, foram delineadas as diretrizes destas doença. Neste texto comentaremos sobre o vírus da Leucemia Felina (FELV).

            O FeLV é transmitido por contato próximo entre os gatos. Comumente, a transmissão é horizontal entre gatos que vivem juntos ou por brigas  e eventualmente, transmissão vertical, a partir de gatas infectadas para seus gatinhos. Existe um aumento da resistência à infecção pelo FeLV com a idade, porém filhotes são bastante suscetíveis. No entanto, com certa frequência gatos adultos também contraem a infecção por FELV, sobretudo aqueles mais velhos, que convivem com grande número de outros gatos, em abrigos ou colônias, entrando frequentemente em contato com os diferentes subtipos do vírus, a partir da troca de secreções, sobretudo a saliva.

             Além da saliva, o principal veículo de infecção, outras secreções como o leite, urina e fezes também podem ser infectantes. A infecção se dá geralmente por via oronasal, mas também pode ser por mordidas. Após a infecção, o vírus espalha-se para o tecido linfóide, através dos monócitos e linfócitos. Durante esta viremia primária, eventualmente o vírus pode atingir a medula óssea. Após a infecção da medula óssea, pode ocorrer uma viremia secundária, com leucócitos e plaquetas contendo FELV, e assim o vírus é detectável pelo teste de anticorpos imunofluorescentes (IFA).

            O vírus da leucemia felina possui 5 subtipos, sendo o subtipo A a forma transmissível, que pode mutar para os demais subtipos B, C, D e E, que são mais patogênicos.

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